País asiático fabrica 26 milhões de motocicletas ao ano.
G1 visita fábrica da Haojue, nº 1 do país, que expande produtos no Brasil.
Rafael Miotto Do G1, em Jiangmen, na China - o jornalista viajou a convite da Dafra.
O Brasil espera fechar 2011 com 2.141.000 motocicletas produzidas, superando o recorde histórico de 2008 de 2.140.907 unidades. Mas mesmo que a expectativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) se confirme, os números não chegarão nem perto do que a China vai alcançar.
O Brasil espera fechar 2011 com 2.141.000 motocicletas produzidas, superando o recorde histórico de 2008 de 2.140.907 unidades. Mas mesmo que a expectativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) se confirme, os números não chegarão nem perto do que a China vai alcançar.
Moto passa por teste de dinamômetro após ser produzida na fábrica da Haojue, em Jiangmen,
uma das 6 linhas de montagem da empresa chinesa (Foto: Rafael Miotto/G1)
uma das 6 linhas de montagem da empresa chinesa (Foto: Rafael Miotto/G1)
A Haojue possui uma joint venture com a Suzuki desde 1992 e produz em suas 3 plantas, nas cidades de Jiangmen, que o G1 visitou, Changzhou e Chongqing, um total de 3 milhões de motos ao ano, contabilizando produtos Haojue e Suzuki. Para produzir e vender no país, a marca japonesa precisou se associar a uma empresa local, o que é regra no mercado chinês.
Na montadora chinesa trabalham 14 mil funcionários (Foto: Rafael Miotto/G1)
Espaço na fábrica para testes dos motores (Foto: Rafael Miotto/G1)
Riva 150 vem aí
Apesar de internamente na China a Haojue/Suzuki liderar em produção e vendas, a marca exporta apenas 12% de seus produtos, índice considerado baixo para os padrões do país. Para mudar este cenário, a Haojue busca novos mercados, como o brasileiro. Isto rendeu a parceria com a Dafra, que vende o scooter Smart da Haojue no país há 2 anos.
Riva 150 chinesa: para o Brasil, moto terá guidão mais alto (Foto: Rafael Miotto/G1)
O próximo passo é o início das vendas da Riva 150, uma motocicleta urbana que fez sua estreia na edição passada do Salão Duas Rodas, em outubro deste ano. Ela chega às lojas na metade de dezembro. “A principal diferença da nova Riva é que este foi o primeiro projeto que começamos do zero juntamente com a Haojue. A moto será lançada simultaneamente no Brasil e na China, e passamos a eles as necessidades do consumidor brasileiro”, explica Alexandre Gaspar, gerente de desenvolvimento da Dafra.Henry L. F. Su, diretor de exportação da Haojue:
"Esperamos ter mais produtos no Brasil"
(Foto: Rafael Miotto/G1)
Chineses x brasileirosAs motos chinesas costumam ser adaptadas para outros mercados. No caso do Brasil, as principais alterações na Riva foram um guidão mais alto, cores e grafismos especiais, ajuste de suspensão para pisos mais esburacados e diferente relação de marchas, mais longa, pois a média de velocidade chinesa é mais lenta."Esperamos ter mais produtos no Brasil"
(Foto: Rafael Miotto/G1)
"A média de velocidade chinesa fica entre 35 e 40 km/h. Aqui eles praticamente não utilizam as 4ª e 5ª marchas”, explica o engenheiro de produto da Dafra, Fábio Orefice. Contudo, a marca afirma não haver nos produtos Haojue uma diferença de qualidade ou resistência entre as motos vendidas na China e no Brasil.
“Nós esperamos ter mais produtos no Brasil. No momento estamos conversando isto com a Dafra”, acrescenta o diretor Su, da Haojue. Antes da recente parceria chinesa com a Dafra, o consumidor brasileiro já tinha acesso às motocicletas produzidas pela Haojue através da Suzuki, que possui em sua linha de baixa cilindrada modelos da joint venture Haojue/Suzuki.
Máquina solda chassi de moto na planta de Jiangmen; ao todo, montadora chinesa tem capacidade
para 5,5 milhões de motos ao ano (Foto: Rafael Miotto/G1)
para 5,5 milhões de motos ao ano (Foto: Rafael Miotto/G1)
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