Especialistas dizem que nenhum tipo de capacete salvaria Simoncelli
Piloto italiano de MotoGP morreu no domingo, após um grave acidente na Malásia. Para analistas, não há material capaz de absorver tal impacto
Com lesões na cabeça, no pescoço e no tórax, Simoncelli chegou a ser atendido na clínica do circuito, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
- Aquela situação foi realmente atípica. Nenhum capacete, independentemente da marca, da tecnologia, resistiria a tamanha força, tamanha agressividade e tamanho impacto que ele sofreu na cabeça - disse Adriano Zezze, executivo de uma fabricante de capacetes.
Os capacetes mais caros do mercado são resultados de anos de testes e muitos avanços tecnológicos. Mesmo assim, nada disso pôde evitar a fatalidade em um acidente incomum como o de domingo.
- Especificamente neste acidente houve um trauma que não foi pela frente, e sim por trás. São traumas muito difíceis de você imaginar um mecanismo de segurança que vá evitar uma tragédia dessa - avaliou o ortopedista Marcelo Rosa.
Os capacetes que são usados nas ruas são feitos de termoplástico, um tipo de material de alta resistência. Já os dos profissionais são fabricados com fibras de carbono, que é mais leve e projetado para suportar fortes impactos.
Nos capacetes usados em competições, há compostos extras, como a cinta jugular. Segundo Adriano Zezze, essa pode ter sido a peça que não suportou o impacto.
- Ainda é difícil explicar e ninguém tem essa informação correta do que aconteceu. Pode ser que a cinta jugular tenha se soltado, pode ser que o capacete tenha estourado. Porém, pelo que vi das imagens, o capacete está intacto e o que soltou mesmo foi a cinta jugular - analisou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário